domingo, 30 de maio de 2010

Casa da Cascata e Casa Bianchi

No famoso projeto de Frank Lloyd Wright, a casa da cascata, podemos perceber logo de cara, uma nítida diferença da casa em Riva san vitalle de Botta. Em que a primeira não possui uma forma geométrica definida, e sim, uma junção e justaposição de varias formas geométricas, deixando a construção mais complexa e mais indefinida quanto à forma. À primeira vista, a casa da cascata passa uma impressão de desunião do projeto, em que as partes da casa não se interligam, causando uma confusão na interpretação da casa como conjunto, em que ela dá a sensação de fazer parte das pedras junto com a cascata, como se fossem tudo uma coisa só. Frank Lloyd Wright elaborou este projeto exatamente com esta intenção, o de integrar a casa à cascata e à natureza ao redor. Já na casa em Riva san vitalle, a construção nos passa a sensação de algo exclusivo, sem muita integração com o entorno.

Maquete

NEM ACREDITO!


Botta's Book



Título: Mario Botta
Autor: Philip Jodidio
Editora: Taschen Editora
Assunto: Arquitetura
ISBN: 3822823457
Edição: 1
Número de Páginas: 192




Mario Botta está convencido que a moderna arquitetura deve encontrar suas raízes no passado, e deve ser feito de uma vez em contraste com os padrões naturais e harmonia fundamental em um ambiente urbano. Tais padrões são indiretos em seu trabalho, e geralmente podem ser vista no material que ele usa em seus trabalhos como tijolos, granito ou mármore. Através de trabalhos como Evry Cathedral ou o San Francisco Museum of Modern Art, ele mostra sua capacidade de transformar paisagens urbanas e elevar a arquitetura a um novo nível. Esta obra atualizada explora seus trabalhos mais atuais. Livro escrito em espanhol, italiano e português lusitano.

Mais obras de Mario Botta

Casa de sillería em Cadenazzo (1970-1971), o prédio retangular de apartamentos com passagem pela ponte de Riva San Vitale (1971-1973) e o edifício em forma de cilindro de Stabio (1980-1982), estas são apenas umas de suas obras. Atuando inicialmente exclusivamente na Suíça, foi obtendo reconhecimento internacional, principalmente após a renovação do Convento dos Capuchinhos em Lugano (1981-82), passando a trabalhar em vários locais do mundo, destacando-se em São Francisco, nos EUA, o Museu de Arte Moderna (1990-94) e a Catedral de Evry, França (1992-95). Tem obras construídas em diversos países, entre os quais Japão (Galeria de Arte Watari-um, 1990), EUA (Museu de Arte Moderna de São Francisco, 1994), Itália (usina de tratamento de detritos Thermoselect, 1991), e Suíça, especialmente em Ticino, cuja paisagem exibe, entre as várias casas, igrejas e edifícios residenciais e comerciais projetados por ele, o prédio que abriga seu próprio escritório (1990). Objeto de numerosas publicações e de exposições em Paris (Centro Georges Pompidou, 1895), Nova York (Museu de Arte Moderna, 1986) e Berlim (Galeria Nacional, 1987)



Wellness Center em Switzerland



Edifício do Bank for International Settlements, em Basel, Suíça



Igreja de San Giovanni Battista, em Mogno, Itália



Museu de Arte Contemporânea Watari, Tokio, Japão
Dicas:

Botta mais vídeo nisso





quinta-feira, 27 de maio de 2010

Botta x Gaudi

Agora uma comparação interessante é entre Antoni Gaudi e Mario Botta, um não tem nada a ver com o outro, mas os dois são chamados de inovadores. Na comparação feita entre Botta e Antoni Gaudi (arquiteto Catalão), podemos notar que eles possuem estilos diferentes. Antoni Gaudi considerou inovador usar materiais já descartados em um edifício que não possui linhas retas quaisquer. As formas curvas e onduladas contínuas da fachada eliminam a idéia de esquina, tornando um edifício sinuoso ao longo da avenida, porém monumental, assim como as obras de Mario Botta. Já Mario Botta transpira geometria e precisão, o seu conceito de inovador se relacionava mais à funcionalidade e ao custo da obra. Tudo bem que a diferença entre um e outro é de quase 100 anos (arredondando), mas podemos ver tambem o Adolf Loos que projetou a Steiner House na Austria em 1910, diferença de 3 anos entre ela e a Casa Milá. Considerando a proximidade entre as duas, Adolf Loos foi bastante visionário com esta habitação unifamiliar com rígido volume cúbico em betão armado e linguagem simplificada e ortogonal, que se tornaria num dos seus trabalhos mais conhecidos e influentes.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Maquete

Finalmente, a maquete!
O começo... primeiro o relevo, parece uma escada...
Acabou os isopores, então fizemos umas "colunas" feitas dos restos dos isopores e depois revestimos tudinho com papel paraná, ENFIM, próximo post eu explico tudinho!

Entrevista em 2000




É bonito sentir-se um cidadão do mundo" (Mario Botta)




No início dos anos 70, Mario Botta assombrou, com sua obra, os apreciadores da arquitetura de todo o mundo. Com o fim do modernismo e o avanço do pós-moderno, os trabalhos de Botta jogaram luz sobre os possíveis rumos da arquitetura. O arquiteto acabou se tornando uma celebridade, com projetos espalhados por diversos países e monografias publicadas sobre sua obra. Bem-humorado, de raciocínio rápido e inteligente, Botta concedeu esta entrevista em junho de 2000, durante visita a São Paulo.

Você trabalhou com arquitetura antes da faculdade, não?
Em 1958, com 15 anos, abandonei os estudos secundários e comecei a trabalhar como desenhista, no escritório de Tita Carloni e Luigi Camanish, dois importantes profissionais da região do Ticino. Essa foi minha sorte: só depois dessa experiência é que fui estudar arquitetura. Acreditava que, antes de cursar a faculdade, tinha que trabalhar em um bom estúdio. Na época de sua formação, não existia escola de arquitetura em sua região de origem. A maioria dos estudantes preferia cursar arquitetura na Escola Politécnica de Zurique a ir à Itália, pois teriam problemas legais para trabalhar na Suíça. Os que escolhiam a Itália, em geral, iam a Milão.
Por que sua opção por Veneza?
Por duas razões: pela cultura italiana e por Veneza em si. Interessava-me viver em uma cidade como essa. A outra alternativa era, de fato, Zurique, que não me agradava.
Essa escolha também foi motivada pelos professores de Veneza?
Realmente era uma boa escola, mas em princípio eu não a conhecia, nem seus professores. Havia nomes como Carlo Scarpa, Ignazio Gardela e Leonardo Benevolo. Era uma equipe docente brilhante, naquela época. Mas foi sorte minha; não sabia disso antes de entrar lá. Durante sua temporada em Veneza, o senhor chegou a trabalhar com Le Corbusier.

Como foi essa experiência?
Foi um presente propiciado por Veneza. Quando cheguei à cidade, havia nela três pontos de referência: Carlo Scarpa, que residia lá e era professor; Le Corbusier, que fazia o projeto para um novo hospital, seu último trabalho; e mais tarde, em 1969, Louis Kahn, que desenvolvia o projeto do Palácio do Congresso. Para mim, Veneza, com a presença deles, apresentava-se como uma situação particular.

O senhor poderia falar, mais especificamente, sobre seu trabalho com o mestre franco-suíço?
Foi o último projeto de Le Corbusier, e ele era muito franco, muito amargo durante o processo. Não trabalhei diretamente com ele, mas com seus colaboradores. Eu desenvolvia as plantas em escala 1:500 e participava das reuniões com os médicos. Havia um escritório em Veneza montado para esse projeto. Depois, em setembro de 1965, um mês antes de morrer, ele me convidou para trabalhar em seu famoso escritório da rue Sevrès, em Paris. Fui um mês depois. Cheguei à França justamente quando ele tinha acabado de morrer. Foi uma situação muito triste, mas, ao mesmo tempo, interessante. Era como o funeral da arquitetura moderna. Passavam por lá grandes personagens, como Josep L. Sert, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, entre outros. Passei o inverno de 1965 trabalhando em Paris no projeto para Veneza, que foi muito modificado.

O senhor chegou a trabalhar com Le Corbusier?
Eu o conheci em Veneza, mas não em sua mesa de trabalho.
E com Louis Kahn?
Com Kahn foi diferente. Ele foi a Veneza em 1968 para fazer o projeto do Palácio do Congresso. Eu era amigo de Bepi Mazzariol, que era o responsável pelo levantamento de dados para o projeto, e atuava como seu auxiliar. Enquanto ele estava na Filadélfia, eu ajudava, mandando dados, materiais etc. Quando Kahn veio trabalhar em Veneza, fiquei um mês com ele em um pequeno estúdio no Palácio Ducal, antes da apresentação do projeto, fazendo maquetes. Esse foi um trabalho direto.

E como ele era?
Um homem messiânico! Sempre atrás da origem dos problemas. Não o interessavam as soluções predeterminadas, mas descobrir os problemas. Para mim, foi um encontro determinante. Seu projeto de conclusão de curso na faculdade continha conceitos muito próximos dos que o senhor emprega até hoje.

Ali já estavam claras suas características de arquiteto?
Não creio. Terminei a escola com muito entusiasmo e tive a sorte de já haver trabalhado. Logo após a conclusão do curso, Kahn me convidou para trabalhar com ele em Dacar, no Senegal. Não aceitei. Preferi iniciar minha carreira com uma pequena obra de restauro na casa de um amigo, como a maioria começa. Não tinha relações políticas, nem econômicas. Era apenas um garoto do campo.

Essa casa foi publicada?
Sim, em uma edição com minhas obras completas.

Mas seu trabalho já mostrava maturidade desde o início?
Creio que ele possui uma continuidade. Em Veneza, abordavam-se os problemas da cidade, do território. Em Zurique, não havia essa discussão. Eu era jovem quando iniciei minha carreira profissional, e comecei junto à então nova geração do Ticino, com Tita Carloni, Aurelio Galfetti, Luigi Snozzi. Trabalhávamos com uma dimensão nova, para nós era uma descoberta, uma questão de conhecimento arquitetônico, não só de experiência. Por isso, a escola de Veneza teve importância fundamental para mim.

E a escola de arquitetura no Ticino que o senhor está coordenando?
A proposta parte de uma idéia muito simples: a base dessa escola está sendo criada para responder à complexidade do moderno e sua velocidade de transformação. Para os arquitetos, é muito importante ter boa formação em disciplinas da área de ciências humanas e não somente em matérias técnicas. Começamos a ensinar filosofia, história, teoria, ou seja, uma série de elementos que possibilitam analisar o projeto de forma crítica. Uma escola que permite descobrir a origem dos problemas em vez de simplesmente dar soluções prontas. A proposta parte de projetos e sua centralização, para criar elementos críticos.

De certa forma, ela é parecida com a que estava estabelecida em Veneza?
Há uma evolução, pois, afinal, faz 30 anos! Atualmente, existem outros problemas, com maior diversidade. Nossa proposta é de uma escola de reflexão crítica, diante da grande complexidade do mundo atual. A arquitetura suíça passa atualmente por fase atípica.

Como pode um pequeno país, com poucas escolas de arquitetura, ter tamanha diversidade na produção, especialmente dos arquitetos dos cantões alemão e italiano?
Isso faz parte das diferentes culturas da Suíça, não é de forma nenhuma negativo. Em uma comparação específica entre essas duas regiões, acho que a Suíça italiana deve guardar a Itália, deve nutrir-se da Itália, redescobrir sua natureza mediterrânea, latina. Sua reflexão crítica é mais forte se comparada ao pragmatismo alemão, ao qual deve se contrapor criticamente. Nesse sentido, a escola que estamos criando no Ticino é muito internacional. Temos professores de todo o mundo - porque o arquiteto é um cidadão do mundo e deve propor a arquitetura como testemunho crítico da sociedade, da qual é um reflexo. Mas não anônimo: é um reflexo capaz de determinar as coisas, corrigir. Não pode mudar a sociedade, mas pode mudar a arquitetura.

E, enquanto cidadão do mundo, como fica a situação do arquiteto? Como pode fazer um edifício em outro continente sem perder o controle da obra?
Isso não é negativo, tampouco novo. Um arquiteto do Ticino pode trabalhar na Califórnia, construir em São Petersburgo ou em Moscou. Trata-se da migração cultural, que não é um problema atual, já acontecia no passado. A história da Suíça é uma história de migrações. O problema é que, quando se vai trabalhar sob novas condições, é possível ter o saber global, mas com uma identidade local. Creio que uma arquitetura não pode ser anonimamente cosmopolita. A realidade se liga a um território, a um lugar, a uma história e uma memória, que são importantes. Ou, em outros termos: tenho convicção de que o território em que trabalha o arquiteto é o da memória. Não é o do futuro. Na realidade, continuamos a reler criticamente o passado. Isso é muito importante. Como fez Picasso, Henri Moore ou Paul Klee, retornando sempre a um pedaço da história da humanidade na Terra. Tudo isso para ver se resistimos à folia do mercado, do consumo e do moderno. Sua obra, quanto ao mercado e comparada às dos outros arquitetos do Ticino, é muito mais conhecida... Quanto a isso, não posso dizer nada. Tive outras oportunidades, comecei a trabalhar muito cedo e tive a sorte de conhecer grandes mestres. Ou seja, uma série de circunstâncias que me favoreceram. Eu posso trabalhar no mundo, fazer uma igreja, uma sinagoga. É bonito sentir-se um cidadão do mundo.

Texto resumido a partir de reportagem de Aldo Urbinati e Fernando Serapião
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 248 Outubro 2001

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Botta comparações

A Casa Rotonda é mais uma obra famosa de Botta. Podemos notar com essas duas obras de Mario Botta, a mesma idéia, o mesmo estilo moderno. Podemos perceber a utilização de materiais semelhantes e a forma de utilização dos espaços. Tanto a Casa Rotonda quanto a de Riva San Vitale são rigorosamente geométricas e rigorosamente organizadas nos eixos norte e sul. Ambas as casas contém modelagem de torre (ou coluna) com pilares de canto forte construído de blocos de concreto. Os volumes dos diversos espaços de convívio e na abertura de grandes formas cortadas em massa cúbicos das casas conseguem uma inquestionável monumentalidade.

domingo, 23 de maio de 2010

Cotas

Prometi né? Achei esse site (clica na imagem) com as medidas perfeitas da casa Bianchi, o único porém é que tem que se cadastrar, mas é rapidinho, daí abre o seu e-mail e clica no link e você recebe crédito de 300 points (?) ahahaha... mas pra baixar a casa Bianchi, so é preciso 100 points. Baixa em .DWG e vai pro xcad, autocad, etc..

sábado, 22 de maio de 2010

O Nu arquitetônico!


Com tantas árvores ao redor da casa, fica difícil ver a estrutura em si. E tá aqui mais uma coisinha que facilita a nossa vida.
Os terraços são, não somente um prolongamento da habitação, mas fazem parte da própria estrutura e agem como forma de relação e apropriação dentro da cobertura da construção e da paisagem que os envolve.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

House at Riva San Vitale

Olha o que eu acheeeeei! É ÓTIMO pra quem fala inglês... e mandarim...
Aqui dá muita informação, nem acredito que só fui descobrir isso hoje.

Riva San Vitale by Mario Botta

Plantas, Cortes e ELEVAÇÕES


Hoje, eu vou dar um presente pra todo mundo que quiser usar as plantas e cortes da Casa Bianchi, consegui o livro Plantas, Cortes e Elevações do Richard Weston para começar logo a fazer a maquete. No livro, as plantas e os cortes estão todos na escala 1:500, pra fazer a maquete, eu coloquei na de 1:100. Próximo post eu coloco a foto do nosso primeiro passo na maquete... To vendo que o nosso processo maqueteiro vai ser regado à piadinhas tipo "BOTTA isso pra cá", "BOTTA cola no isopor"... até a gente ver que não tem mais graça isso! hahah


Agora o presente: Tirei umas fotos do livro e OLHA, fui boazinha e não coloquei marca d'agua nas fotos pra todo mundo poder pegar sem problema... E tão num tamanho bom ein, é só dar dois clicks na imagem que quiser... E quando der tempo, eu coloco até umas cotas depois porque obvio que da foto não dá pra medir com escalímetro a escala, não vão fazer isso!





quarta-feira, 19 de maio de 2010

BOTTAgrafia

Essa foi a parte do trabalho que eu coletei o máximo de informação possível que encontrei sobre o Mario Botta e juntei tudinho e saiu essa obra-prima hahahaha
O Arquiteto - Mario Botta
O arquiteto suíço, Mario Botta nasceu em 1 de Abril de 1943, em Mendrisio, Ticino. Começou sua atividade profissional aos 15 anos, quando abandonou os estudos e decidiu trabalhar como projetista no escritório de dois importantes arquitetos da região do Ticino. A primeira casa desenhada por ele, a Casa Paroquial de Genestrerio (1961 – 1963), foi projetada quando ele tinha apenas dezoito anos de idade. Somente depois da experiência profissional, Mario Botta acreditou estar preparado para estudar Arquitetura. Estudou em Milão e no Instituto Universitário di Architecttura em Veneza e se formou em 1969. Desde o início de sua atividade profissional com escritório próprio em 1970 após ter colaborado com Le Corbusier e Louis Kahn, em Lugano.

Mário era reconhecido internacionalmente por seus projetos monumentais e orçamentos modestos. Mario Botta traz uma arquitetura diversa da de outros profissionais contemporâneos a ele, com abstrações e alta carga de simbologia, ele tem como justificativa a linguagem verbal que dá expressão a uma filosofia de alto teor espiritual; e linguagem figurativa de rigor geométrico e de uma estética de perfeição, que se manifesta tanto no partido de cada projeto, quanto nos detalhes. Botta sempre gostou de integrar o exterior com o interior e considera que a arquitetura tem que interagir com o ambiente ao seu redor, tentando tirar proveito do que ele tem a oferecer, como a luz natural, sem fazer uma separação entre o dentro e o fora.

Tais padrões são indiretos em seu trabalho, e geralmente podem ser vista no material que ele usa em seus trabalhos com granito ou mármore , ele mostra sua capacidade de transformar paisagens urbanas e elevar a arquitetura a um novo nível. O seus materiais preferidos são o tijolo aparente e a pedra, e suas obras surgem habitualmente como grandes monumentos na paisagem com grande rigor geométrico. Algumas casas residenciais cujo desenho esteve baseado em formas geométricas básicas.
Seu trabalho pôde ser conhecido pelos brasileiros bem no início da década de 80, em mostras na UFMG (1981) e nos IABs do Rio de Janeiro (1982) e São Paulo (1983). Detentor do Chicago Architecture Award (1986) e do Prix Cica (1990 e 1993), Mario Botta teve diversos trabalhos publicados em PROJETO DESIGN (103, setembro de 1987; 128, dezembro de 1989; e 212, setembro de 1997).

Em 1983 foi nomeado professor titular na Escola Superior da Confederação em Lausanne e membro de honra da Bund Deutscher Architekten. Ao longo de seu trabalho ele deu aulas, seminários e cursos na área da arquitetura em escolas européias, na Ásia, Américas do Norte e Sul.

Plantas, Cortes, Perspectivas...

Sempre o melhor para entender a obra é analisar as plantas, os cortes... Por isso, consegui esses aqui para tornar a visualização mais prática. Aqui vem as plantas e a perspectiva:








Dá pra ver direitinho agora o que eu falei no post passado

E aqui, maais uma fotINHA da Casa Bianchi:





Interior x Exterior

A Casa em Riva San Vitale, obra projetada por Mario Botta foi erguida na vertente do Monte San Giorgio, beeeem pertinho do Lago Lugano, com o terreno de 850 m² e a área construída de 220 m², a casa é uma das primeiras habitações projetadas por Mario Botta! Neste projeto podemos verificar uma das características mais marcantes de Mario Botta: A nítida relação entre o interior e o exterior, a expansão espacial vertical e as aberturas na construção. Botta sempre se preocupou em integrar o exterior com o interior e considera que a arquitetura tem que interagir com o ambiente ao seu redor, tentando tirar proveito do que ele tem a oferecer como a luz natural, sem fazer uma separação entre o dentro e o fora.

Vamos aqui passar pela ponte vermelha de 13 metros de altura e 10 metros de comprimento, que é o meio de acesso à casa...



PRONTO! Uff!

Agora vamos dar uma voltinha por dentro da Casa Bianchi e entender um pouco a interação entre os ambientes...






O escritório e o terraço mais alto apresentam-se de lado, em direção ao lago logo em frente, ao norte acima das árvores e ao sul sobre o grande vazio do ângulo, que reúne os espaços dos diversos terraços. Descendo a escada central, encontram-se o quarto principal e um amplo terraço.





Mais abaixo encontram-se os quartos das crianças. Os espaços abertos comunicam-se com o andar inferior, ao redor de um espaço que concentra todas as atividades internas e externas que passam acima, permitindo, assim, uma participação contínua. O último andar, parcialmente subterrâneo, reúne as atividades de serviço, como a lavanderia, e um grande pórtico, que compõe o elemento de união com o terreno natural.

Botta a mão na consciência

Reconhecendo que um edifício transforma a natureza, Mario Botta insistiu em se comprometer a construir um espaço agradável e humano. O principal propósito de Mario Botta era compôr uma edificação, que marca o limite da expansão descontrolada da aldeia, como uma forma de preservar a floresta ao redor. Por essa atitude, Mario Botta, com seu poderoso poder arquitetônico, logo após a conclusão da casa, um novo regulamento de planejamento urbano declarou o meio ambiente como um cinturão verde e, por isso, nenhuma construção ainda foi aprovado na área. Este é o motivo pelo qual esta casa está sozinha em sua paisagem protegida. Evidência desse diálogo estão nos cartazes do Ticino Tourism Office, que mostra imagens de paisagens da Suíça com a arquitetura de Botta. No caso da casa em Riva San Vitale, ele reinterpretou o tipo de vernáculo da torre para proteger a paisagem, juntamente com o atendimento dos desejos de seus amigos Bianchi.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cidade? - Riva San Vitale

Pra quem vai passar as férias pela Suíça (Swiss), antes de ir pros Alpes se afogar em chocolate quente, fica a dica (e o endereço) "Da" Casa pra dar uma espiada por lá... Ver se a ponte da casa ainda tá vermelha...

Via Fomeggie 6, 6826 Riva San Vitale, Mendrisio, Ticino, Suiça.


E aqui em baixo eu vou colocar umas fotos da cidade e umas informações só pra ficar na vontade...
Riva San Vitale é uma comuna da Suíça, no Cantão Tessino, com cerca de 2.409 habitantes. Estende-se por uma área de 7,65 km², de densidade populacional de 315 hab/km² (Haha).






Mario Botta Vídeo Nisso

Esse vídeo eu achei interessante colocar aqui no blog, porque acho que quando conhecemos o aquiteto assim "pessoalmente" (visualmente) nos faz mais íntimos. Já sei a vida toda desse homem, se eu visse ele agora, ele ia ter muito medo de mim!

Botta em Riva San Vitale



Uma curiosidade, um fator que confunde muito na hora de pesquisar sobre a a Casa em Riva San Vitale é que ela também é conhecida como Casa Bianchi. Pois a casa foi construída devido à solicitação de uma família chamada Bianchi. Carlo Bianchi e Leontina eram amigos íntimos de Mario Botta, ele havia reformado um apartamento antigo para eles, na aldeia de Genestrerio, na Suíça. Em 1971, após terminar seus estudos, Botta foi chamado pela mesma família para projetar uma nova casa, mas desta vez no campo do Cantão Ticino. Por a família pedir uma casa de baixo orçamento, com quartos para um casal com dois filhos, isso fez com que o processo de pensar esta nova casa fosse bem diferente. Ele disse que:
agora era como construir uma casa começando pelo telhado
...
(Imaginando...)

Botta na minha vida



Mario Botta é um arquiteto muito inovador do século XX. O que mais nos chamou mais atenção, foi o fato de Botta largar os estudos e iniciar sua carreira na arquitetura tão cedo, com apenas 15 anos de idade no escritório de dois famosos aquitetos. Quando ele acreditou estar pronto para iniciar seu curso, estudou em Milão e depois em Veneza onde se formou em 69. Seu reconhecimento internacional é devido sua criatividade em transformar elementos simples em obras singulares por um orçamento modesto.